domingo, 10 de julho de 2016
segunda-feira, 4 de julho de 2016
Deficiência Física e alfabetização
A deficiência física caracteriza-se pelos impedimentos nos movimentos e na coordenação
de membros e/ou de cabeça, em que a pessoa necessitará de adaptações que garantam
a acessibilidade motora, ou seja, o seu acesso a todos os espaços, serviços e instituições
(BRASIL, 2012, p. 10).
Entre as características apresentadas pelas pessoas com deficiência física estão
os diferentes modos de comunicação oral e escrita e de locomoção, que determinam
as providências da escola para prover o acesso ao currículo pelo aluno, utilizando
recursos pedagógicos adaptados para sua acessibilidade tanto no que se refere à
aprendizagem quanto à acessibilidade física.
São várias as deficiências físicas com as quais podemos nos deparar no contexto
escolar, mas neste texto abordaremos os encaminhamentos relacionados aos alunos
com deficiência física decorrente da paralisia cerebral. Neste caso, a lesão que atinge
o cérebro interfere no desenvolvimento motor da criança, podendo comprometer
a locomoção, postura, movimento, uso das mãos, a linguagem, entre outras
atividades.
É importante que saibamos que grande parte das crianças que têm deficiências
físicas é beneficiada com modificações no ambiente físico, nos materiais e
equipamentos utilizados para a atividade escolar.
Ainda há professores que associam
“paralisia cerebral” com “cérebro parado” e, portanto, pensam que estão lidando
com pessoas incapazes de raciocinar. Não se trata disso! Ter deficiência física não é
sinônimo de apresentar déficit cognitivo, e todos os alunos nessa condição podem
aprender desde que se estabeleça uma forma de comunicação efetiva. Portanto,
métodos especiais de ensino só são necessários para as crianças cujas deficiências
físicas sejam complicadas por dificuldades de aprendizagem resultantes de lesões
neurológicas.
No que diz respeito à alfabetização, as crianças com deficiência física, em geral,
terão dificuldades para escrever ou falar, mas essas dificuldades ocorrerão em função
do comprometimento da coordenação motora. Assim, é comum que a escola muitas
vezes se proponha a atribuir exercícios com o objetivo de melhorar a habilidade
motora do aluno, como se para aprender a ler e escrever o aluno precisasse – antes
– segurar o lápis do jeito certo e ter uma caligrafia bonita. Contudo, segurar o lápis
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EDUCAÇÃO INCLUSIVA
de forma convencional e conseguir enxergar o que está escrito não é pré-requisito
para aprender a escrever. A aprendizagem da leitura e escrita deve ser abordada de
forma conceitual e não mecânica.
Para facilitar o acesso à escrita e leitura muitas alternativas estão disponíveis
e podem ser construídas, por exemplo: o uso de pranchas de comunicação, do
computador, de lápis e canetas adaptados, etc. O professor do AEE, após elaboração
do plano de atendimento do aluno, seleciona os recursos necessários para auxiliar
nessas dificuldades funcionais, e realiza um trabalho articulado com o professora da
sala de aula comum. Os recursos utilizados podem ser de alta ou baixa tecnologia3
,
mas, primeiramente, é importante que o professor conheça seu aluno e tenha
identificado suas necessidades, habilidades e dificuldades.
A elaboração de um roteiro para coletar dados sobre os alunos pode contribuir
para a organização de atividades, a seleção dos recursos a serem utilizados e a
construção de materiais – se necessário – de acordo com as necessidades dos alunos.
Confira o texto sobre o AEE, logo adiante, nas páginas 25-26.
Comunicação Aumentativa e Alternativa
Para surpresa de muitos professores, geralmente os alunos com paralisia cerebral
são inteligentes e possuem boa compreensão do que lhes é explicado, porém,
possuem dificuldade ou sequer conseguem articular ou produzir a fala. Atualmente,
tem-se desenvolvido sistemas alternativos para comunicação na educação especial. A
expressão “comunicação alternativa” e/ou “comunicação suplementar”, vem sendo
utilizada para designar um conjunto de procedimentos técnicos e metodológicos
direcionado a pessoas acometidas por alguma doença, deficiência ou alguma outra
situação que impede a comunicação com as demais pessoas, por meio dos recursos
comumente utilizados, mais especificamente a fala.
A Tecnologia Assistiva tem se constituído como um recurso que pode contribuir
significativamente para a comunicação e interação dessas pessoas. Assim, destacamos
a Comunicação Aumentativa e Alternativa (CAA) que faz parte da área da Tecnologia
Assistiva destinada à ampliação de comunicação de pessoas sem fala ou sem escrita
funcional, ou em defasagem entre sua necessidade comunicativa em falar e/ou
escrever. Sartoretto e Bersch (2010) ressaltam que é importante identificar gestos,
Ao receber o aluno com deficiência física, o professor deve estar atento à forma de
como esse aluno estabelece a comunicação, bem como as necessidades peculiares
a esse aluno, para posteriormente planejar as suas ações educativas.
3 Segundo Sartoretto e Bersch (2010), recursos de baixa tecnologia são os que podem ser construídos pelo professor
do AEE e disponibilizados ao aluno que os utiliza na sala comum ou nos locais onde ele tiver necessidade. Recursos de
alta tecnologia são adquiridos após avaliação das necessidades do aluno.
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EDUCAÇÃO INCLUSIVA
Para fazer a melhor escolha dos recursos de comunicação alternativa, o
professor precisa avaliar as possibilidades físicas do aluno: acuidade visual e auditiva;
habilidades perceptivas; habilidades motoras: preensão manual, flexão e extensão
de membros superiores, habilidade para virar páginas; bem como as habilidades
cognitivas: compreensão, expressão, nível de escolaridade, fase de alfabetização. É
relevante também avaliar a situação na qual o sistema será utilizado: o local, com
quem e com qual objetivo.
Arquivo dos autores
Arquivo dos autores
sons, expressões faciais e corporais que os alunos possuem, pois a CAA possibilita
a construção de novos canais de comunicação, através da valorização das formas
expressivas da pessoa com dificuldade.
Entre os recursos que podem ampliar a comunicação das pessoas com deficiência
física, destacamos: a prancha de comunicação, pranchas alfabéticas e de palavras,
a construção de cartões de comunicação, símbolos de comunicação pictórica,
vocalizadores e computadores. Os computadores e outras ferramentas tecnológicas
serão abordados no texto Acessibilidade, Participação e Aprendizagem. Aqui, tanto em
relação à alfabetização matemática quanto em relação ao letramento, percebe-se que as
estratégias especiais consistem, basicamente, em assegurar formas de comunicação
e em levar em conta as potencialidades do aluno sem fazer exigências que sejam
descabidas, como a já mencionada “caligrafia linda"
http://pacto.mec.gov.br/images/pdf/cadernosmat/PNAIC_MAT_Educ%20Incl_pg001-096.pdf
http://pacto.mec.gov.br/images/pdf/cadernosmat/PNAIC_MAT_Educ%20Incl_pg001-096.pdf
domingo, 3 de julho de 2016
Deficiências dos alunos segundo a legislação
Atualmente, seguindo a legislação, as “pessoas com deficiência” são aquelas que têm impedimentos de longo prazo de natureza física: deficiência física, deficiência intelectual ou sensorial (surdez e deficiência visual). Estes impedimentos se caracterizam por poderem obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas, conforme Decreto Federal N.o 6949/2009.
As mudanças se evidenciam com novas legislações, por exemplo: com a publicação
da Lei n.o
12.764/2012, a pessoa com transtorno do espectro autista passa a ser
considerada pessoa com deficiência. A Lei n.o
12.764/2012 institui a Política Nacional
de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista, atendendo
aos princípios da Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação
Inclusiva (BRASIL, 2008) e ao propósito da Convenção sobre os Direitos das Pessoas
com Deficiência – CDPD/ONU/2006.
Outro exemplo é que, embora em alguns documentos sejam mencionados como
“deficientes auditivos”, é forte entre os surdos o movimento para que sejam vistos
e tratados como “minoria linguística”. Esses exemplos bastam para mostrar que a
legislação se adapta de acordo com os movimentos sociais, definindo (incluindo ou
excluindo), de maneiras diferentes, ao longo do tempo, aqueles que fazem parte
do grupo dos alunos especiais. De qualquer modo, não nos custa sublinhar que
os pressupostos básicos dessa definição são os impedimentos que possam obstruir
a participação plena e efetiva na sociedade, em igualdade de condições com as
demais pessoas.
http://pacto.mec.gov.br/images/pdf/cadernosmat/PNAIC_MAT_Educ%20Incl_pg001-096.pdf
terça-feira, 21 de junho de 2016
segunda-feira, 20 de junho de 2016
ESTRATÉGIAS DE ENSINO-APRENDIZAGEM PARA A PESSOA COM DEFICIÊNCIA INTELECTUAL DE 12 A 18 ANOS
1 - INTRODUÇÃO
Educar para a vida é reconhecer que cada indivíduo tem um potencial e que conviver com as diferenças faz parte da vida. É ensinar a essas pessoas algo que lhes interessem, que lhes seja útil, fazendo com que se sintam necessárias. Nesta proposta educacional esta abordagem é essencialmente dinâmica, prevendo constantes adaptações em relação a cada educando. Exige um minucioso conhecimento da realidade desse aluno e grande flexibilidade da escola em proporcionar oportunidades e atividades muitas vezes bem distintas daquelas tradicionalmente oferecidas no ensino regular e especial.
A escola tem papel fundamental na formação do educando, oportunizando o desenvolvimento das suas potencialidades e também na inclusão deste na sociedade, através de ações conjuntas com a família e comunidade; propiciando a este educando uma participação ativa no exercício de seus deveres e direitos como cidadão. Portanto é importante a formação continuada dos professores, para que se atualizem e busquem alternativas, elaborando estratégias diferenciadas, para atender as necessidades especificas dos alunos
2- OBJETIVO -
Proporcionar atividades educativas e indicar estratégias aos educadores para o desenvolvimento de habilidades funcionais e conhecimentos que serão importantes para tornar a pessoa com deficiência intelectual independente e produtiva, conforme suas possibilidades na sua vida escolar, familiar e social.
- Educar, ensinar e instruir para a vida prática, proporcionando o desenvolvimento de comportamento e atitude adequados para o convívio social. Oportunizando a vivência das tarefas do cotidiano no ambiente escolar, denominadas AVPs (Atividades de Vida Diária) e AVDs (Atividades de Vida Prática) melhorando assim a sua qualidade de vida.
3- DEFICIÊNCIA MENTAL
3.1 DEFINIÇÃO Segundo a Associação Americana de Deficiência Mental, a Deficiência Mental pode ser definida como “o estado de redução notável do funcionamento intelectual significativamente inferior à média, associado a limitações pelo menos em dois aspectos do funcionamento adaptativo: comunicação e cuidados pessoais, competências domésticas, habilidades sociais, utilização dos recursos comunitários, autonomia, saúde e segurança, aptidões escolares, lazer e trabalho”
O Aluno, com Necessidades Educativas Especiais na área de deficiência intelectual pode apresentar:
* Atrasos no desenvolvimento neuro-psicomotor (a criança demora em firmar a cabeça, sentar, andar, falar, alternar os pés ao subir uma escada, por exemplo) e na linguagem compreensiva (dificuldades para compreender ordens) e expressiva (atraso para começar a falar, dificuldade de expressa suas ideias, dificuldades em nomear objetos etc.
*Dificuldade no aprendizado (recepção, memorização e reação aos estímulos visuais, auditivos e táteis);
* Dificuldade de articular pensamento e ação (planejar planos de trabalho e tarefas, bem como colocá-las em prática, etc.);
* Dificuldade de localização espaço temporal;
* Dificuldade de consciência, imagem e esquema corporal;
* Necessidade de supervisão em atividades de auto cuidado (controle de esfíncteres, higiene corporal...);
* Aprendizagem lenta, com atraso acentuado no rendimento escolar;
* Comportamento infantilizado para sua faixa etária;
* Dependência afetiva da figura adulta de referência;
* Dificuldades no registro gráfico das atividades.
* Necessidade de apoio visual para reter imagens mentais (necessidade de ver o objeto para lembrar-se dele);
* Dificuldade para generalizar, transferir e aplicar estratégias já aprendidas em situações e problemas *diferentes dos atuais, deflagrando dificuldade de transpor a aprendizagem; de persistir um longo período de tempo em atividades repetitivas e de rotina;
* Baixa auto-estima, decorrente de como foram tratados em sua vida escolar e familiar.
Objetivos Educacionais:
* Ajudar o educando a ser o mais independente
possível nos hábitos e cuidados pessoais;
*Possibilitar que se torne útil e participante em seu
meio familiar e social;
* Estimular a responsabilidade pela execução de
algumas tarefas simples.
* Proporcionar os meios que ajudem a adaptação e
socialização no ambiente ao qual pertence.
*Seu déficit cognitivo pode dificultar a
compreensão das normas de condutas socialmente
aceitas, mas é preciso ensinar-lhes, pois condutas
sociais são aprendidas.
*Desejam a naturalidade das pessoas, evite a super
proteção ou rejeição.
* Precisam ser aceitos como são para serem felizes,
não faça comparações, a não ser com eles
mesmos.
*Precisam ser tratados, conforme sua idade
cronológica, fazer as tarefas sozinho, receber
ajuda só quando realmente for necessário,
participar de todas as atividades coletivas da
comunidade conforme sua idade.
* Levam mais tempo para aprender, mas podem
adquirir muitas habilidades intelectuais e sociais.
Não subestime a sua inteligência.
(BOLSANELLO e ROSS, 2005)
file:///C:/Users/Cliente/Documents/asrm/estratc3a9gias-de-ensino-para-di-12-a-18-anos.pdf, em 20 de junho de 2016.
quarta-feira, 15 de junho de 2016
DECRETO Nº 6.571, DE 17 DE SETEMBRO DE 2008 /sobre o atendimento educacional especializado
Fundamentação sobre o atendimento educacional especializado
DECRETO Nº 6.571, DE 17 DE SETEMBRO DE 2008
DOU de 18/09/2008 (nº 181, Seção 1, pág. 26)
Dispõe sobre o atendimento educacional especializado, regulamenta o parágrafo único do art. 60 da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, e acrescenta dispositivo ao Decreto nº 6.253, de 13 de novembro de 2007.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe confere o art. 84, inciso IV, e tendo em vista o disposto no art. 208, inciso III, ambos da Constituição, no art. 60, parágrafo único, da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, e no art. 9º, § 2º, da Lei nº 11.494, de 20 de junho de 2007, decreta:
Convite, Decoração e registro da Festa Junina da escola em que eu trabalho
Ideia de convite junino
Copo acrílico/ paçoca de amendoim/saquinho decorado, fita , sacola plástica, etiqueta com nome do convidado para o acabamento final
Fonte desenho:: NET
Arte em biscuit: Cássia pereira
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